terça-feira, 4 de outubro de 2011

História e Evolução da Psicomotricidade

     O estudo da psicomotricidade é recente, mas pouco a pouco tem vindo a evoluir gradualmente (De Meur & Staes, 1984).
Para Fonseca (2007), abordar a revisão da história da origem e evolução do conceito de Psicomotricidade é “estudar a significação do corpo ao longo da civilização humana”: desde a civilização Ocidental, Grega e Idade Média até aos dias de hoje.
As primeiras pesquisas acerca da psicomotricidade fixaram-se sobretudo no desenvolvimento motor da criança e posteriormente o interesse centrou-se na relação entre o atraso no desenvolvimento motor e o atraso intelectual da criança (De Meur & Staes, 1984).
Em seguimento foram realizadas abordagens relativas às habilidades e aptidões motoras em função da idade (De Meur & Staes, 1984).
O termo “psicomotor” surgiu pela primeira vez em 1870, no decorrer de uma investigação de Fritsh e Hitzig que necessitaram de denominar uma região do córtex cerebral que ainda estava pouco esclarecida, mas que se suspeitava que seria responsável pela imagem mental e movimento (Costa, 2008).
Em 1901, Philippe Tissié defendia que a Educação Física não deveria ser interpretada como simples exercícios musculares do corpo, mas também como um processo psicomotor, que se traduz pela constante relação entre o movimento e o pensamento (Costa, 2008).
Em 1907, Edouard Dupré estabeleceu a noção de Reeducação Psicomotora, associada à Debilidade Mental (Fonseca, 2007; Costa, 2008).
Ainda no século XX vários autores como Wallon, Piaget, Ajuriaguerra, entre outros, contribuíram para o desenvolvimento da psicomotricidade com investigações, estudos e trabalhos acerca do desenvolvimento psicomotor humano (Fonseca, 2007; Costa, 2008).
Em Portugal, o preconizador da Psicomotricidade foi João dos Santos, por volta de 1965 (Costa, 2008).
Também na última metade do século XX, Pedro Soares Onofre foi um dos principais intervenientes na divulgação da Psicomotricidade por todo o País (Costa, 2008).
Actualmente a Psicomotricidade não só engloba problemas motores como também as áreas da lateralidade, da estruturação espacial, da orientação temporal, das dificuldades de aprendizagem, da afectividade e da interacção social (De Meur & Staes, 1984).


Referências bibliográficas:

Costa, J. (2008). Um olhar para a criança: Psicomotricidade Relacional. Lisboa: Trilhos Editora. 
De Meur, A. & Staes, L. (1984). Psicomotricidade: Educação e reeducação. São Paulo: Editora Manole.
Fonseca, V. (2007). Manual de observação psicomotora (2ª ed.). Lisboa: Âncora Editora.

Sem comentários:

Enviar um comentário